26 de abril de 2016

Rio quer reconstruir ciclovia a tempo da Olimpíada

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse ontem que vai reconstruir a ciclovia Tim Maia na avenida Niemeyer, zona sul do Rio, a tempo da Olimpíada, que começa em 5 de agosto.
Um trecho da via, que liga as orlas do Leblon e São Conrado, desabou na quinta-feira (21), provocando a morte de duas pessoas. A ciclovia custou R$ 44,7 milhões e foi inaugurada em janeiro.
Paes disse ainda, em entrevista ao “RJTV”, da Rede Globo, que a reconstrução da via será realizada pela Contemat e a Concrejato, empresas do grupo Concremat responsáveis pela execução do projeto inicial.
Desde o desabamento de trecho onde aconteceu o acidente que a ciclovia está interditada e sem previsão para ser reaberta aos pedestres e ciclistas. Outro trecho da favela do Vidigal ao Leblon está aberto.
Na entrevista, o prefeito reafirmou que vai identificar e punir os responsáveis pelo desabamento.

Contratações
As empresas do grupo Concremat são rotineiramente contratadas pela Prefeitura do Rio justamente para evitar tragédias. Em quase metade dos casos por emergência, sem concorrência.
Do total de 54 contratos assinados com três empresas do grupo (Concremat, Contemat e Concrejato) na gestão Eduardo Paes (PMDB), iniciada em 2009, 24 foram firmados por dispensa de concorrência, em acordos emergenciais. Eles representaram 30% do faturamento da empresa com o município, de R$ 409,3 milhões.
A Secretaria Municipal de Obras afirmou, em nota, que a maior parte dos contratos emergenciais refere-se a contenções de encostas após as chuvas de 2010 e 2011.

Tribunal
O presidente do Tribunal de Contas do Município do Rio, Thiers Montebello, negou ontem que o órgão tenha pedido à Prefeitura do Rio para reduzir ou deixar de colocar pinos na laje da ciclovia.
Durante coletiva à imprensa no último sábado (23), Eduardo Paes disse que o Tribunal de Contas do Município havia contestado a “quantidade de pinos que prendiam a laje que se soltou, disse que eram pinos e parafusos demais”.
Ontem, Montebello se disse indignado com a declaração do prefeito. “Em nenhum momento tribunal falou que tinha que tirar ou deixar de colocar a ancoragem, esse chumbamento (...) Desafio que mostre em qualquer relatório do tribunal que o tribunal tenha dito que não precisava colocar essa ancoragem”, disse o presidente do Tribunal.
A “ancoragem”, no jargão da engenharia, é a técnica para prender a pista aos pilares de sustentação.

Agência Brasil
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