6 de junho de 2014

Merkel diz que Rússia deve assumir parte da responsabilidade na Ucrânia

A chefe de Governo da Alemanha, Angela Merkel, cumprimenta o presidente russo, Vladimir Putin, em encontro nesta sexta-feira (6) na França (Foto: Yuri Kadobnov/AFP)A chefe de Governo da Alemanha, Angela Merkel, disse nesta sexta-feira (6) ao presidente Vladimir Putin que a Rússia deve assumir sua parte de responsabilidade na resolução da crise da Ucrânia, segundo um comunicado publicado após a reunião dos dois governantes em Deauville. "A chanceler expressou sua convicção de que, depois da eleição presidencial (na Ucrânia) internacionalmente reconhecida, devem trabalhar para alcançar uma estabilização da situação, em particular no leste do país. E a Rússia deve assumir nesta questão sua grande responsabilidade", afirma o comunicado. Os dois estadistas se reuniram em um hotel da cidade de Deauville à margem das comemorações do 70º aniversário do Desembarque na Normandia, o Dia D na II Guerra Mundial. Um porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado pela agência russa Interfax, afirmou que a reunião foi dedicada a "buscar uma solução para a crise ucraniana" e não a expressar "diferenças de opiniões". Segundo informou em entrevista coletiva em Berlim a porta-voz do governo alemão Christiane Wirtz, o encontro se prolongou durante uma hora. Merkel lembrou a Putin que, após a realização das eleições presidenciais na Ucrânia com o aval internacional, os esforços devem se concentrar na estabilização do país. Neste contexto, pediu ao presidente russo para assumir 'a grande responsabilidade' de Moscou para dar passos nessa direção. Na próxima terça-feira, o ministro de Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier, viajará para São Petersburgo para um encontro com o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, e com o chefe da diplomacia polonesa, Radoslaw Sikorski. Conforme explicou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores alemão, trata-se de uma reunião que os três ministros realizam anualmente e que nesta edição terá inevitavelmente como eixo a situação na Ucrânia. O governo alemão ratifica assim sua aposta pelo diálogo com a Rússia e por manter abertos os canais diplomáticos com Moscou para tentar encontrar uma solução política ao conflito, acrescentou o porta-voz.

G1 Mundo
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