2 de outubro de 2016

PT pode perder metade das 635 prefeituras no País


Desgastado pela maior crise de sua história, o PT encolherá nestas eleições municipais. Levantamentos feitos pela cúpula petista indicam que, diante de tantos escândalos, o partido tem chance de emplacar no máximo a metade dos 635 prefeitos eleitos em 2012, em todo o País. O tamanho da derrota, porém, será medido por São Paulo, capital que o PT governa desde 2012 com Fernando Haddad.
O resultado da votação é o primeiro teste de sobrevivência política do PT depois do impeachment de Dilma Rousseff, há um mês, e da denúncia do Ministério Público que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao banco dos réus, alvejado pela Lava Jato. Se Haddad não chegar nem mesmo ao segundo turno, a previsão no PT é a de que o racha interno aumentará, com nova debandada antes de 2018, quando haverá outra eleição presidencial.
Desde 1992, o PT nunca ficou fora da segunda etapa da corrida pela Prefeitura de São Paulo. Nesta campanha, porém, Haddad enfrenta um cenário extremamente adverso e muitas dificuldades para vencer a prova de fogo. A situação é tão dramática que, nos bastidores, dirigentes do partido dizem que a simples passagem do prefeito para o segundo turno já será considerada uma vitória mesmo se ele perder depois.

Fardo 
Nesta batalha, não foram poucos os candidatos que esconderam a estrela do PT, a sigla e a cor vermelha. A portas fechadas, diagnósticos reservados mostraram que esses símbolos se tornaram um fardo pesado demais, principalmente em São Paulo. Em capitais como Recife e Porto Alegre, porém, pesquisas apontam que o PT pode passar para o segundo round da briga com nomes que já administraram as cidades. É o caso de João Paulo Lima e Silva, na capital de Pernambuco, e Raul Pont, na do Rio Grande do Sul.
Mesmo assim, o quadro eleitoral escancarou um isolamento inédito do PT. O partido que até alguns anos atrás se dava ao luxo de dispensar aliados agora também é dispensado. Nada menos do que 220 candidatos petistas disputarão as eleições sozinhos, como Márcio Pochmann, em Campinas, onde até parceiros tradicionais, como o PC do B, fizeram dobradinha com adversários.

Agência Estado
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