7 de junho de 2016

Netflix terá ponto de presença em Fortaleza


O Netflix, provedor global de filmes e séries de televisão via streaming, irá inaugurar, em setembro, mais um ponto de presença (PoP) no Brasil. O novo tronco ficará na Capital cearense por ser um local estratégico pela proximidade com os demais estados das regiões Norte e Nordeste. E isso tornará a conexão dos nordestinos, em especial os cearenses, mais rápida, constante e com maior qualidade do que atualmente, onde o PoP fica fisicamente longe da região.
Até lá, os provedores da região continuam a utilizar o serviço de streaming de vídeo dos três PoPs em funcionamento no País, localizados nas capitais Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).
A iniciativa de nova abertura do PoP faz parte das dos planos da empresa de se aproximar dos provedores de acesso. O diretor de estratégia de redes da empresa Netflix, Flávio Marcelo, explicou em apresentação durante o 8ISP, encontro de provedores da Abrint, que espera atrair para o PoP de Fortaleza o tráfego dos estados vizinhos, não apenas do Ceará. E trata-se apenas de uma das duas iniciativas feitas para diminuir a carga sobre a capacidade dos provedores.

Ações
A primeira providência do Netflix é permitir que os provedores acessem diretamente a rede da provedora de conteúdo, por meio de política aberta de peering (esforço colaborativo). Por isso, a necessidade ter novos pontos de presença em PTTs regionais. Atualmente, somente no PTT instalado do Rio de Janeiro, a empresa observa um tráfego de 150 Gbps.
A segunda iniciativa, que prevê a entrega, por parte da empresa, é a Open Connect Appliance (OCA). Ela que irá compor uma CDN (rede de fornecimento de conteúdo) junto a data center ou equipamentos do provedor de acesso.
Qualquer provedor que gere tráfego com o Netflix de no mínimo 2,5 GB pode requisitar o equipamento. "Até 100% do conteúdo é servido dentro das redes do provedor", afirmou Marcelo.
O ganho é importante em economia para os provedores. Segundo ele, o Netflix transmite 1 bilhão de horas de vídeo por mês, no mundo, por meio de uma rede com e sem CDNs que alcança 450 milhões de residências. Entretanto, o número de assinantes é bem mais baixo, em tono de 81,5 milhões.

Conteúdo próprio
A expectativa é que a carga com vídeo tende a crescer. O Netflix já produz 100% de seu conteúdo próprio em 4K, resolução quatro vezes maior que o full-HD. Por demandar mais banda, a empresa aperfeiçoou seu algoritmo de compactação de vídeo. "Temos que modificar todo o nosso acervo. Até abril, tínhamos 80% do catálogo com essa modificação", observou o diretor.

Diário do Nordeste
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