1 de outubro de 2015

Capital do Ceará é a mais perigosa do Brasil, segundo estudo

Uma pessoa é assassinada a cada meia hora, em média, nas capitais do país. É o que mostram dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública referentes a 2014. Os números constam do 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que está em fase de conclusão.
De acordo com o anuário, houve 15.932 mortes decorrentes de crimes violentos intencionais (homicídios dolosos, lesões corporais seguidas de morte e latrocínios) nas 27 capitais no ano passado – o que equivale a uma vítima a cada 30 minutos aproximadamente.
Juntas, as capitais registraram uma taxa média de 33 mortes violentas a cada 100 mil habitantes em 2014. Fortaleza (CE) é a que tem o maior índice (77,3) e São Paulo (SP), o menor (11,4).
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), locais com índices iguais ou superiores a 10 são tidos como zonas endêmicas de violência – todas as capitais podem ser incluídas nessa classificação. A diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno, diz que o quadro é bastante preocupante. “Os dados revelam as dificuldades encontradas no enfrentamento da violência letal nos grandes centros urbanos.”
"Fortaleza é um exemplo de um quadro muito grave de violência, que infelizmente a gente não tem tido sucesso em enfrentar. A taxa permanece praticamente idêntica ao longo dos anos e elevada”, afirma Samira.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, informa, por meio de nota, que conseguiu parar a curva de crescimento de crimes violentos no estado, como homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, neste ano. A mudança ocorreu devido ao Programa em Defesa da Vida, segundo a secretaria.
"A consolidação do Programa no início de 2015 possibilitou que, no acumulado dos oito primeiros meses deste ano, Fortaleza registre queda [nos crimes violentos] de 19,3%, passando de 1.372 casos, em 2014, para 1.107 em 2015. São 265 óbitos a menos no período", diz a nota. "A queda é resultado da integração entre as forças de
segurança [...]; do trabalho das polícias focado nas áreas, horários e dias que apresentam maiores taxas de crimes, com base em análises estatísticas e criminais; dos levantamentos realizados pelas áreas de inteligência; da interiorização de serviços especializados das polícias; entre outras iniciativas."
É a primeira vez que o fórum realiza um levantamento focado nas capitais brasileiras. Os dados foram obtidos por meio de solicitações às secretariais estaduais da Segurança Pública com base na Lei de Acesso à Informação e por meio de cruzamento de informações disponibilizadas pelos órgãos na web.

G1
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