12 de junho de 2017

Zezinho Albuquerque fortalece governo Camilo na Assembléia

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Zezinho Albuquerque tem sido discreto na suaatuação no parlamento cearense, respeitando o pensamento de cada um dos deputados. A deputada Silvana que rompeu com o bloco da oposição e assumiu vaga na base do governo está “sendo bem vinda” a ala governista. Zezinho Albuquerque tem aceito essas manifestações alegando que simboliza o bom momento do governo Camilo. Na verdade Zezinho não tem nada com a crise dentro da oposição, mas se sente bem ao ver cada dia menos parlamentares atirando no governo.

Blog do Roberto Moreira/Blog do Tidi 

Padre suspeito de abusar de cinco crianças é preso em Santa Catarina

A Polícia Civil de Santa Catarina prendeu temporariamente um padre de 37 anos suspeito de abuso de crianças e adolescentes nas cidades de Joinville e São Francisco do Sul, em Santa Catarina. Após o início das investigações, a polícia apurou a existência de pelo menos cinco casos de abusos cometidos pelo padre, o que levou ao pedido de prisão preventiva cumprido na sexta-feira, 9. O padre foi preso na casa da mãe, em Joinville. Ele vai responder por estupro de vulnerável.
O caso foi descoberto no final de maio pelos pais de uma das vítimas, quando o sacerdote levou cinco menores de idade para dormir com ele durante um retiro na cidade de Joinville, onde trabalhava há dois meses. Do banheiro, uma das crianças, um menino de 13 anos, enviou uma mensagem por WhatsApp ao pai relatando que o padre estava "judiando" dele. 
Em todos os casos, as vítimas eram meninos entre 12 e 14 anos. "Desde o início ele fazia contato com crianças meninos e sempre levava para dormir na casa dele, mas sem que isso causasse nenhum tipo de preocupação com as famílias. O que aconteceu é que uma dessas crianças criou coragem e contou para os pais", explicou.
Os menores de idade foram ouvidos por psicólogos da Polícia Civil. Integrantes das igrejas onde o padre trabalhou também prestaram depoimentos.
Segundo as investigações, os casos de abusos teriam ocorrido na Paróquia Santa Paulina, em São Francisco do Sul, e em retiros religiosos organizados pelo padre. Ele foi transferido para Joinville há dois meses, para onde continuou levando crianças de São Francisco do Sul.

Estadão Conteúdo/AVSQ

"Maior cuscuz do mundo" atrai forrozeiros para o São João

No São João de Caruaru, em Pernambuco, um dos dois maiores do país, a celebração da comida à base de milho, típica dos festejos de junho, é levada à sério pela população. Hoje (11), o Festival de Comidas Gigantes da cidade teve seu ponto alto com a Caminhada do Forró e a distribuição do cuscuz que a organização promete ser “o maior do mundo”.
A concentração da Caminhada do Forró começou às 13h, em frente ao aeroporto em direção ao Alto do Moura. O “maior cuscuz do mundo” foi distribuído às 17h. Foram usados 800 quilos de floco de milho para produzir o alimento. A cuscuzeira, de 4,2 metros, feita sob medida na Feira de Caruaru, precisou de uma escada pra que os funcionários chegassem até a tampa. Para abrir, foi montado um sistema de roldanas.
Como sempre tem alguém posando junto da panela gigante, o utensílio acabou virando ponto turístico. A abertura da tampa é um acontecimento. De cima da plataforma, o idealizador do cuscuz gigante e presidente da União dos Criadores das Comidas Gigantes de Caruaru, José Augusto Soares, joga os flocos para o alto, animado pelo cantor da banda do trio elétrico parado ao lado do ponto de distribuição.
A equipe começa a subir e descer a escada, apressada, levando o cuscuz para a partilha. A multidão batalha por um lugar próximo a grade, de modo a pegar um pote. Como acompanhamento, é servida salsicha ao molho de tomate.
A costureira Josefa Freitas, 66 anos, veio com a família de Toritama, município vizinho de Caruaru. Ela foi uma das primeiras a receber a comida. “A cutura nordestina é o cuscuz, a canjica e a pamonha. É o milho”, disse. O neto dela, Hewerton Leite, de 19 anos, que pela primeira participou do evento, afirmou que a comida é apenas um detalhe para se juntar ao povo. “O que vale é a farra, a festa.”

Maratona na cozinha
Para deixar tudo pronto, o trabalho começou neste sábado (10). Eram cerca de três horas da manhã quando o cuscuz foi pra cuscuzeira gigante. A cozinheira, Maria Selma da Silva, 45 anos, revelou que  a iguaria não é feita somente na panela grande. Segundo ela, primeiro os flocos de milho são cozidos em recipientes menores, trabalho iniciado às 20h, aproximadamente. Depois, tudo é reunido na estrutura gigante, aguardando a hora de servir.
A equipe da cozinha tem sete pessoas. Maria Selma, que no dia a dia é empregada doméstica, é responsável pelo preparo há nove anos. Já acumulava quase duas décadas de experiência na produção da canjica gigante em sua comunidade, Peladas. “Quem trabalha em casa de família, sabe como é puxado. Você dar conta de sua casa, de onde você trabalha, de filho, marido e, no fim de semana, ainda enfrentar uma coisa dessa. Só gostando muito", acrescentou. “Ave Maria! É bom demais. Tem pareia não. São João é assim. Tem de ter comida de milho, forró pé de serra. É isso que faz a festa”.

Comidas gigantes
A comida gigante é um costume de Caruaru, iniciado com a pamonha gigante. O cuscuz, feito há 24 anos, foi a segunda iguaria e atualmente são mais de 30 alimentos gigantes feitos durante o mês de junho para o festival.
Idealizador do evento, José Augusto Soares brincou afirmando que a tradição da comida gigante vem da mania de grandeza do povo de Caruaru - que adota o slogan de “maior e melhor São João do mundo”, competindo com o festejo de Campina Grande, na Paraíba - e da cultura do povo do Nordeste.
“O nordestino é assim. Recebe as pessoas em suas casas com aquela fartura. O pessoal tem o prazer e a satisfação de dar com força o alimento para as pessoas”. Pra hoje, o cálculo foi de 100 mil visitas.

Bairro
Nesses 24 anos de evento, a festa ficou popular. Dezenas de ônibus estacionam no portal do Alto do Moura trazendo gente de várias cidades pernambucanas. Muitas pessoas aproveitam para trazer seus paredões – equipamento de som potentes instalados nos próprios carros ou em reboques.
O bairro também se desenvolveu com o evento. Os restaurantes se multiplicaram. Muitos são de grande porte. O cardápio é composto de iguarias sertanejas: bode guizado ou assado, buchada e sarapatel. O público mistura trajes contemporâneos do meio urbano, como o boné de aba reta, os óculos coloridos e espalhados, chapéu de vaqueiro ou de palha, camisa quadriculada e a bota. O colorido se completa com as tradicionais bandeirinhas juninas. 
O cuscuz também gera renda. Os patrocinadores estão por todos os lados. A visibilidade é garantida com a decoração do cuscuzeiro, repleto de marcas, bonecos, balões e o que mais houver no mercado para garantir que nenhuma imagem saia sem propaganda.
“É uma comida tradicional, mas acho que virou uma coisa tão comercial, exagerada, que acabou perdendo aquele jeito de festa junina”, destacou Cristiano Santos da Silva, 45 anos, do Recife. “Gosto da brincadeira, mas podia dar um limite para a exploração comercial do evento.”

Agência Brasil/AVSQ