31 de janeiro de 2015

Gorvenador Camilo diz que vai cobrar mais caro por prejuízos que Petrobras causar

Três dias após a Petrobras anunciar descontinuidade da Refinaria Premium II, o atual governador Camilo Santana do (PT) disse que vai cobrar mais caro por quaisquer prejuízos que o Ceará tiver com o fim do projeto. Ao todo, em oito anos, o Estado investiu mais de R$ 657 milhões em ações ligadas ao projeto. Dizendo “não abrir mão” do empreendimento, ele se reunirá nos próximos dias com a presidente Dilma Rousseff (PT) para tentar reverter suspensão definitiva do projeto.
“Já pedi audiência com a presidenta Dilma, porque se tem uma coisa que não vamos abrir mão é do compromisso dessa obra com o povo do Ceará. É claro que, qualquer prejuízo que a Petrobras der ao Ceará, nós vamos cobrar caro, caro, em relação a isso”, disse Camilo, durante posse da diretoria da Associação de Prefeitos do Ceará (Aprece).
Questionado sobre o valor total dos prejuízos com o fim da obra, Camilo disse que quantitativo é “imensurável”. “Não dá para quantificar. Não é só o prejuízo de você adquirir um terreno ou uma estrutura. É o prejuízo de todo um investimento que vinha sendo feito pelo Estado”, ressaltou.
Apesar do tom e de a Petrobras descartar a obra, Camilo ainda se diz “muito otimista” com a instalação da Refinaria. “Não é isso que eu quero: receber o dinheiro que investimos de volta. O que quero é que a Refinaria venha para o nosso Estado”.

“Surpreso”
Em discurso no evento da Aprece, Camilo se disse “surpreso” com o boletim anunciando o fim da obra. Ele pondera que, há poucas semanas, o Governo havia “injetado” cerca de R$ 300 milhões para serviços de terraplanagem no terreno destinado ao projeto. “Não faz sentido”.
O governador disse ainda que, logo que soube do abandono da obra, pediu esclarecimentos à Petrobras. Ele também conversou, já na quarta-feira, com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloísio Mercadante, buscando continuidade do empreendimento.

Alternativas
Camilo Santana afirmou que deverá, na conversa com Dilma, avaliar alternativas para evitar o abandono total da obra. O governador, no entanto, evitou dar detalhes sobre como isso poderia ser feito. “Veríamos como continuar, seja com outros parceiros, seja dialogando com o governo. Mas ainda é muito cedo para dizer”, disse.
Com obra iniciada em 2008, durante o governo Lula (PT), a Premium II estava prevista para ser instalada dentro da área do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), onde a área já se encontra cercada.
De acordo com a Petrobras, decisão de encerrar o projeto se deu por conta dos resultados econômicos, má previsão de crescimento dos mercados, além da ausência parcerias para as refinarias.

O POVO Online
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